Seca ameaça produção de energia e abastecimento de água no Nordeste
A seca está ameaçando o fornecimento de água e a produção de energia do principal reservatório do Nordeste brasileiro.
O lago de Sobradinho está quase irreconhecível, com 7,9% da capacidade. E esse percentual pode chegar a 3% até dezembro, segundo a Chesf, que administra as hidrelétricas do São Francisco.
São oito no total entre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A vazão da barragem de Sobradinho pode ser reduzida ainda mais pra poupar o reservatório. Se isso acontecer, vai cair a produção de energia, mas a Chesf descarta o risco de apagão ou racionamento. "Tem a energia eólica, tem a energia térmica e também tem a possibilidade de transferir energia de outras regiões do país para o Nordeste", explica o diretor de operações da Chesf, João Henrique Franklin.
A seca não prejudica só a geração de energia. Alguns produtores já instalaram até três quilômetros de canos para vencer a distância que separa as plantações do pouco que resta do lago. E a tubulação continua aumentando.
Só este ano, esses agricultores tiveram que esticar a rede com mais 800 metros de tubos para conseguir alcançar a água. Em uma região do reservatório, a área seca já é bem maior que a alagada e a paisagem está parecida com o que era antes de ser inundada, na década de 70.
Mesmo com todo o esforço pra manter a irrigação, a produção de acerola do assentamento caiu pela metade este ano. "O tempo que você tem para repor a água é o tempo que era pra estar molhando as plantas”, diz o agricultor Francinilson Silva.
O agricultor Sonival Santos teve muita dificuldade pra irrigar o maracujá. Perdeu tudo. "Aí você tem que fazer novos plantios para você conseguir tirar uma mercadoria de boa qualidade pra levar pro mercado", conta.
Cinco municípios baianos ficam às margens do lago de Sobradinho. Em Remanso, o reservatório, que chegava pertinho da cidade, já está a seis quilômetros e vários bairros sofrem com falta d'água. A seca trouxe de volta as ruínas da Velha Remanso, que foi inundada pelo lago.
"Voltamos a ver Remanso de novo, mas é uma tristeza, porque a gente está passando dificuldade com falta de água no interior, na área rural, na área de Sequeiro e aqui também dentro da própria cidade, né", aponta o agricultor Isael Rodrigues.
Fonte: G1
O lago de Sobradinho está quase irreconhecível, com 7,9% da capacidade. E esse percentual pode chegar a 3% até dezembro, segundo a Chesf, que administra as hidrelétricas do São Francisco.
São oito no total entre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A vazão da barragem de Sobradinho pode ser reduzida ainda mais pra poupar o reservatório. Se isso acontecer, vai cair a produção de energia, mas a Chesf descarta o risco de apagão ou racionamento. "Tem a energia eólica, tem a energia térmica e também tem a possibilidade de transferir energia de outras regiões do país para o Nordeste", explica o diretor de operações da Chesf, João Henrique Franklin.
A seca não prejudica só a geração de energia. Alguns produtores já instalaram até três quilômetros de canos para vencer a distância que separa as plantações do pouco que resta do lago. E a tubulação continua aumentando.
Só este ano, esses agricultores tiveram que esticar a rede com mais 800 metros de tubos para conseguir alcançar a água. Em uma região do reservatório, a área seca já é bem maior que a alagada e a paisagem está parecida com o que era antes de ser inundada, na década de 70.
Mesmo com todo o esforço pra manter a irrigação, a produção de acerola do assentamento caiu pela metade este ano. "O tempo que você tem para repor a água é o tempo que era pra estar molhando as plantas”, diz o agricultor Francinilson Silva.
O agricultor Sonival Santos teve muita dificuldade pra irrigar o maracujá. Perdeu tudo. "Aí você tem que fazer novos plantios para você conseguir tirar uma mercadoria de boa qualidade pra levar pro mercado", conta.
Cinco municípios baianos ficam às margens do lago de Sobradinho. Em Remanso, o reservatório, que chegava pertinho da cidade, já está a seis quilômetros e vários bairros sofrem com falta d'água. A seca trouxe de volta as ruínas da Velha Remanso, que foi inundada pelo lago.
"Voltamos a ver Remanso de novo, mas é uma tristeza, porque a gente está passando dificuldade com falta de água no interior, na área rural, na área de Sequeiro e aqui também dentro da própria cidade, né", aponta o agricultor Isael Rodrigues.
Fonte: G1
Título: Seca ameaça produção de energia e abastecimento de água no Nordeste
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